Ex-governadores do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, são condenados e presos.
Casal é suspeito de fraudes em contratos com a prefeitura.
Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, ex-governadores do Rio de Janeiro, foram presos nesta manhã de terça-feira dia 03, no Rio de Janeiro em uma operação do Ministério Público estadual. O casal e cerca de outras três pessoas são suspeitos de cometer fraudes em contratos da prefeitura de Campos dos Goytacazes com a empreiteira Odebrecht.
Os dois estão sendo acusados de terem beneficiado a construtora Odebrecht em troca de 25 milhões de reais em propina. De acordo com a denúncia feita, as licitações dos programas “Morar Feliz I” e “Morar Feliz II” eram direcionados para que a empreiteira fosse à ganhadora.
As investigações partiram de uma delação dos executivos da Odebrecht Leandro Andrade Azevedo e BenedictoBarbosa da Silva Junior, firmada com o Ministério Público Federal, no âmbito da Lava Jato.
Também ganharam voz de prisão Sérgio dos Santos Barcelos, Ângelo Alvarenga Cardoso Gomes e Gabriela Trindade Quintanilha. Conforme o MP-RJ, os pagamentos ilícitos foram realizados com o sistema de propinas da Odebrecht, em seu Setor de Operações Estruturadas.
Em nota, a defesa do casal informou que a prisão deles é “absolutamente ilegal, infundada e se refere a supostos fatos pretéritos”. Confira o texto completo de acordo com o VEJA:
A defesa dos ex-governadores Rosinha e Garotinho afirmam que a prisão determinada pela 2a Vara Criminal de Campos é absolutamente ilegal, infundada e se refere a supostos fatos pretéritos.
Enfatiza que, no caso concreto, a prefeitura de Campos pagou apenas pelas casas efetivamente prontas e entregues pela construtora Odebrecht.
Se não bastasse, a Odebrecht considerou ter sofrido prejuízo no contrato firmado com a prefeitura de Campos e ingressou com ação contra o município para receber mais de R$ 33 milhões. A ação ainda não foi julgada e em janeiro deste ano a Justiça determinou uma perícia que sequer foi realizada.
É estranho, portanto, que o Ministério Público fale em superfaturamento quando a própria empresa alega judicialmente ter sofrido prejuízo.
A defesa de Rosinha e Garotinho lamenta a politização do Judiciário de Campos e do Ministério público Estadual, que teve vários de seus integrantes denunciados pelo ex-governador Anthony Garotinho à Procuradoria Geral da República.
A defesa vai recorrer da decisão.